segunda-feira, 2 de abril de 2012
O comunismo anda aí...
Em tempos de crise há um perigo enorme que nos persegue, estou a falar do aproveitamento político levado a cabo pelos partidos da esquerda mais radicais, sobretudo do PCP.
Todos sabemos que o comunismo nasceu à porta das fábricas, onde os operários eram explorados pelos patrões, nessa altura o partido prometeu aos operários uma vida melhor através da luta pelos seus direitos. Tudo muito bonito, mas na prática levanta muitas questões. Até porque se o partido conseguir que os direitos dos trabalhadores passem a ser respeitados, o partido deixa de existir. E não nos podemos esquecer que Marx disse que a luta é constante, ou seja, nunca acaba.
Com a situação que o país atravessa, o partido comunista voltou para a porta das fábricas e é uma presença constante nas manifestações, mesmo naquelas que não são organizadas pelo PCP ou pela sua brigada vermelha que é a CGTP.
É um perigo, em primeiro lugar porque o comunismo português nunca defendeu verdadeiras alternativas, apenas lança argumentos ultrapassados e incendiários e nunca fez parte da solução, em segundo lugar porque provoca a agitação, mas não uma agitação positiva, uma vez que o grande objectivo dos partidos de esquerda é provocar situações parecidas com a Grécia, para depois virem dizer: "Nós avisámos".
Jerónimo de Sousa, o avozinho da política, já parece o emplastro, uma vez que aparece sempre nas fotos das manifestações, para transmitir a ideia que o partido está do lado dos mais "fracos", contra o grande capitalismo, bla bla bla.
Outro fenómeno muito interessante é o aparecimento daquilo a que eu chamo os comunistas recalcados, ou seja, aquelas pessoas que dizem ser do PS, apenas porque o PS como partido de governo lhes pode oferecer benefícios e proporcionar cargos políticos, algo que o PCP não pode, mas que depois andam por aí com conversas revolucionárias e atitudes radicais, agora até já têm blogs, embora ainda apareçam como anónimos. Um passo de cada vez.
O comunismo até tem coisas interessantes, mas todos sabemos o resultado que deu nos países onde foi aplicado, por isso muito cuidado.
Só há duas coisas que me fariam deixar este país, uma delas era ter José Sócrates, o falso engenheiro, como presidente da república, a outra ter em Portugal um regime comunista.
Mas não se preocupem porque se tiver de sair do país vou continuar a escrever no blog, a não ser que o regime mande cancelar a internet, uma vez que está ao serviço do grande capitalismo.
Roberto Vinagre
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Ao escrever assim de algo que não conhece demonstra muita arrogância.
ResponderEliminarAo referir-se a pessoas de dedicam toda a sua vida à defesa dos seus ideais como "emplastro", denota uma falta de respeito e de humildade que apenas a si o deveria envergonhar.
Diz que a si, apenas duas coisas o fariam deixar o País.
Na minha opinião, se o fizesse, este País não ficaria mais pobre.
Infelizmente para muitos milhares de compatriotas seus e meus, que já tiveram que deixar o País, os motivos foram bem diferentes.
Os motivos têm que ver com o que o governo PSD/CDS, na sequência do governo PS, estão a fazer a este País.
Estão a destrui-lo.
Não são os comunistas, são os seus, os que defende e apoia.
Da maneira como se refere aos comunistas, demonstra um anticomunismo mesmo muito primário, ao nível de alguns que acham que os comunistas deviam ser banidos.
Você está ao nível desses "grandes democratas".
Caro Estevão,
ResponderEliminarMuito obrigado por ter deixado aqui a sua opinião, é sempre muito válida, finalmente tenho aqui um comentário seu sem ser anónimo.
Se ler o artigo com muita atenção vai perceber ao que me estou a referir.
Embora eu não defenda o PSD e muito menos o PP, tenho opinião, sobretudo como historiador que sou. Se for ler o meu blog com atenção verá que faço comentários tanto ao PSD, como ao PS, como ao PCP ou ao Bloco de Esquerda.
Como não cresci à sombra da política e muito menos dependo dela, posso fazer comentários livres.
Como disse no artigo conheço muito bem o que o comunismo fez nos países onde foi instaurado, deixou muita pobreza e muitas mortes. No fundo o efeito, em termos económicos, foi um pouco parecido com aquele que o seu executivo deixou no concelho de Viana do Alentejo.
Lamento mas não se trata de fanatismo ou de ideais, mas apenas de factos históricos.
Também concordo quando diz que o PSD teve responsabilidades na situação do país, é verdade, só os partidos que estiveram no governo é que podem ter essa responsabilidade, mas olhe que o PCP nunca quis fazer parte da solução, apenas gosta de criar mais problemas.
O que levou muitas pessoas a abandonar o país foi a situação criada pela ditadura, e isso também aconteceu nos regimes socialistas/comunistas, saíram porque queriam fugir à repressão. Não me obrigue a publicar no blogue uma história do comunismo. Aliás há muitos documentários sobre isso.
Sim sou totalmente contra o comunismo, aliás sou totalmente contra todas as formas de fanatismo político ou religioso, porque não são saudáveis e fazem muito mal à sociedade.
Nunca falámos pessoalmente, seria uma conversa interessante, mas já é um grande passo ter aqui um comentário seu identificado, algo que muitas pessoas ainda não têm coragem de fazer.
Já agora, para mim, por cada pessoa que deixa o país, deixa-o inevitavelmente mais pobre, seja quem for, lamento que para si assim não seja.
Cumprimentos.
Roberto Vinagre
A sua ignorância e sectarismo em relação ao Comunismo são comparáveis com aos que demonstra em relação aos meus mandatos, a avaliar pelo que escreve.
ResponderEliminarNão partilho da sua expectativa em relação a uma eventual conversa entre ambos.
Você escreve como quem sabe, como quem tem certezas e esse tipo de pessoas não estão permeáveis a opiniões de outros.
Não sei quantos anos tem, mas sei que é demasiado novo para ter tantas certezas assim.
Over!
Se eu não estivesse permeável à opinião dos outros, fazia como o senhor faz no seu blog, só publicava os comentários que me são favoráveis!
ResponderEliminarQuanto à questão da idade, quero recordá-lo que foi considerado o autarca mais novo a ser eleito, e com uma idade inferior aquela que tenho neste momento, por isso devo concluir que não estava preparado para assumir o cargo e que não tinha qualquer certeza do que estava a fazer.
Temos ideias muito diferentes daquilo que queremos para o nosso concelho, o senhor quer um concelho fechado, cheio de fantasmas e vícios, eu quero um concelho aberto, virado para o futuro e dinâmico.
Em breve teremos eleições autárquicas, e o senhor, caso volte a ser candidato, terá a oportunidade de apresentar as suas ideias, só espero que sejam boas, pelo menos já teve tempo para pensar bem nelas.
Ao contrário de muita gente que anda por aí, eu não fecho o blog para obras depois das eleições, continua sempre atento e aberto ao debate de ideias, porque é assim que o mundo evolui.
Cumprimentos.
Roberto Vinagre