quarta-feira, 25 de abril de 2012

25 de Abril


Hoje comemora-se mais um 25 de Abril, e mais uma vez a Assembleia da República está reunida para uma cerimónia gasta, vazia e sem qualquer tipo de proximidade popular.
Todos os anos é o mesmo, políticos e antigos políticos, ou seja, os responsáveis pela situação que o país atravessa, reúnem-se para discursarem palavras quase repetidas de anos anteriores, nas bancadas uns ouvem só com um ouvido, outros dormem e outros ainda falam sobre o campeonato nacional.
Por isso eu compreendo muito bem todos os que se recusaram a estar presentes nestas cerimónia, então se é para dormir mais vale ficar em casa no quentinho da cama.
Os agentes políticos deviam pensar muito bem na melhor forma de comemorar os ideais do 25 de Abril, deviam repensar a política e a sua relação com a população.
Se a revolução do 25 de Abril foi uma revolução popular, estas comemorações são contrárias a tudo isso, porque não passam de uma reunião elitista, de uns senhores, que por um motivo ou por outro, se acham superiores ao resto dos portugueses.
Falta imaginação à classe política, falta vontade de fazer diferente, falta vontade de romper com hábitos tolos e sem sentido, falta vontade para quebrar ideias ultrapassadas.
Para mim o maior ideal do 25 de Abril é a ideia de participação cívica, por isso o 25 de Abril devia sair novamente para as ruas, numa maior proximidade entre políticos e cidadãos, só desse forma Portugal poderá evoluir.
Deixo aqui a minha homenagem a todas as pessoas que sofreram as atrocidades cometidas pela ditadura e a todas as pessoas que foram obrigadas a lutar numa guerra perdida em África. São estes os verdadeiros heróis do 25 de Abril.
Deixo aqui votos para que Portugal se volte a mobilizar num objectivo comum, tornar o país melhor, mais desenvolvido e socialmente mais justo.
Como diz a TMN: Vamos lá!

Roberto Vinagre


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