domingo, 30 de setembro de 2012

Foral Manuelino - 500 anos



Para muitos historiadores um foral é um documento fundamental na História de uma vila, uma vez que, na maioria dos casos, servia para criar uma nova povoação, ou seja, seria uma espécie de certidão de nascimento.
Entre os séculos XII e XV, os reis de Portugal entregaram centenas de forais, com a preocupação de estabelecer regras jurídicas, financeiras, sociais e administrativas. Ao mesmo tempo que começaram a receber queixas de vários representantes dos concelhos, que protestavam contra os abusos dos senhores.
O rei D. Manuel I procedeu à reforma da administração local, algo que se revelou complexo e demorado, uma vez que os forais antigos estavam escritos em latim ou numa escrita arcaica e faziam referência a sistemas monetários que já não existiam, por isso foi necessário proceder à reforma dos pesos e das medidas.
Em 1496, o rei nomeou uma comissão para reformar os forais e ordenou a realização de inquirições. Esta reforma não teve preocupações de caráter político ou judicial, teve como principal objetivo fixar encargos e foros a pagar. Entre 1510 e 1520 foram reformados 589 forais de norte a sul de Portugal.
A vila das Alcáçovas recebeu o seu primeiro foral (escrito em latim), em 1258, das mãos do Bispo de Évora e o segundo (em português arcaico), das mãos do rei D. Dinis, em 1299. No início do século XVI os dois forais já se encontravam desatualizados e não representavam a nova realidade da vila, que entretanto havia crescido e tinha nova realidade social, económica e até mesmo religiosa. A evolução da vila pode ser comprovada pela disputa de membros da nobreza pela sua posse e usufruto das suas rendas.
A vila recebeu as inquirições para o foral novo no dia 11 de Setembro de 1510, processo que durou cerca de dois anos, uma vez que o foral manuelino só foi entregue no dia 10 de Setembro de 1512, sendo o seu responsável Fernão de Pina.
O foral novo (ou manuelino), refere-se apenas ao pagamento de impostos ao rei e aos senhores da vila, nomeadamente na utilização dos montados, à açougagem, às rendas do reguengo de Alcalá, às rendas do concelho e às pensões dos tabeliães.
No presente ano, a vila comemora quinhentos anos da atribuição do seu foral novo, é o reconhecimento da sua importância na História de Portugal e a prova de que conseguiu superar as dificuldades encontradas no século XIII, tornando-se um ponto de passagem de reis e palco de grandes decisões.

Roberto Vinagre

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

Seguro?





Anedota do dia:
"PS está pronto para ser governo em situações difíceis", quem o diz é um tal Eurico Brilhante Dias (de brilhante deve ter só o nome)! 
Todos nós sabemos que o PS está doido para voltar para o governo, mas ficam algumas questões:
Quantas propostas já apresentou Seguro para resolver a situação do país?
Se o PS ganhasse as eleições seria com maioria relativa, por isso com que partido se ia coligar? PCP ou Bloco de Esquerda? Ou ia voltar ao método da compra de deputados?
Estará Seguro preparado para ser primeiro-ministro?
Estes socialistas deviam ter vergonha na cara!


Roberto Vinagre

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Eu vou!


Basta de políticos que ignoram a realidade que vive a população! Já deu para ver que isto não vai melhorar!
O governo anterior enterrou o país, o governo atual não governa para as pessoas e as alternativas não existem!
Por isso está na hora das pessoas tomarem o destino do país nas mãos, sem medo e sem receios!
Só espero que não seja mais uma manifestação de convívio, para beber uns copos e cantar umas cantigas revolucionárias e depois vão todos para casa e fica tudo bem! Espero que desta vez o povo tenha coragem para mostrar que está unido e manda no país!
 Eu vou!

Roberto Vinagre

sábado, 1 de setembro de 2012

Que país é este?


Ainda estou um pouco confuso/indignado/triste, mas penso que já consigo dizer alguma coisa relativamente ao que vivi ontem na Escola Dr. Azevedo Neves, na Amadora.
Ao longo dos meus 30 anos de vida, nunca pensei assistir a algo tão macabro e ao mesmo tempo aterrador, parecia estar num filme de terror, daqueles sobre mortos-vivos. Posso dizer que me senti um rato de laboratório, que participava numa experiência qualquer, sem se saber muito bem qual! Fiquei revoltado e percebi ao que chegou o meu país.
Hoje o meu querido país é controlado pela corrupção, está nas mãos de pessoas mesquinhas e incompetentes, que só olham para o dinheiro, que só sabem pensar em euros e que só comem números ao pequeno-almoço. Hoje no meu país já não se respeita ninguém, nem aqueles que deviam ser os responsáveis pela preparação das gerações futuras!
Hoje o meu país é uma espécie de faz de conta, onde tudo se faz e onde tudo tem uma justificação, mesmo que esteja em causa a vida e o seu futuro de milhares de pessoas.
Claro que não estou a falar apenas do governo, aliás o governo é apenas uma pequena parte desta história, porque esse muda de quatro em quatro anos, mas a história permanece e é cada dia pior!
Perante esta situação catastrófica, só me apetece perguntar até onde vai chegar esta sangria, estes constantes atentados à inteligência de cada um?
Que país é este onde se corta todos os dias na educação? Que futuro vai ter este país miserável?

Roberto Vinagre