sábado, 29 de outubro de 2011

O fim da Estamo e já!


Quem não ouviu falar da famosa empresa pública de que tem como função gerir o património do estado português, a Estamo.
Hoje veio a público uma nova notícia, que dá conta da venda dos terrenos do antigo Hospital de Arroios, por  11 milhões de euros ao grupo Fibeira, acontece que pouco tempo depois, e no mesmo cartório, voltou a vendar o mesmo património por 21 milhões de euros a uma empresa espanhola. Neste negócio o estado (ou seja todos nós), perdeu 10 milhões de euros.
Fiquei curioso e tentei consultar o site da empresa (www.estamo.pt), para ver quem são os responsáveis atuais, mas está em desenvolvimento, por isso fiquei sem saber quantos administradores tem esta maravilhosa empresa pública, mas deve ter muitos.
Depois de várias denúncias de corrupção e fraude fiscal, a policia judiciária fez buscas junto dos administradores da empresa e constituiu arguido um tal de Ondas Fernandes, administrador da parte imobiliária.
Muitos foram os negócios duvidosos e ruinosos para o estado, muitas foras as denúncias, no entanto a empresa continua viva e recheada de administradores!
Até quando vamos tolerar esta situação?

Roberto Vinagre

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Medo?

Portugal é um país de brandos costumes, de pessoas simpáticas e descontraídas, que sabem receber e que gostam de feriados e centros comerciais.
Portugal é um país de pessoas que têm medo de falar, que têm medo de reclamar, que têm medo de dar a cara pelas suas opiniões.
Percebo que Portugal viveu muito tempo em ditadura, onde não existia liberdade de expressão, onde não era tolerada a individualidade de cada pessoa, onde eram reprimidas as criticas e as vozes de descontentamento.
Eu percebo tudo isso, mas já vivemos em democracia há 37 anos e por isso já deveríamos ter outra atitude, uma atitude onde já não devia existir o medo.
Os portugueses têm medo de dar a sua opinião, têm medo de denunciar, têm medo de se exprimir, têm medo de dar a cara, têm medo de reclamar, têm medo de lutar pelos seus direitos.
Primeiro exemplo: nos blogues ninguém (ou poucos), publica e comenta assinando o nome por baixo. A ideia dos blogues era boa, mas o anonimato condena essa ideia ao fracasso.
Segundo exemplo: o livro de reclamações já tem uma idade razoável, mas poucos o pedem. As pessoas saem de determinados serviços revoltadas e mal atendidas, mas conformam-se e baixam os braços.
Terceiro exemplo: a violência doméstica e a violência contra crianças são crimes públicos, mas as pessoas preferem ficar caladas e não denunciar, porque "entre marido e mulher ninguém mete a colher"!
Quarto exemplo: as pessoas não gostam de assinar manifestos e não vão a manifestações, se bem que isso já está a mudar um pouco.
O resultado desta postura está bem visível, o país chegou a um pouco insustentável, as pessoas vivem mal, há  2 milhões de pessoas a viver no limiar da pobreza e políticos a encher os bolsos com dinheiro público.
Penso que deveríamos ser mais exigentes, deveríamos ser mais interventivos, deveríamos ser mais atentos e mais críticos. Caso contrário quem perde é o país, ou seja, nós!
Afinal temos mede do quê?


domingo, 23 de outubro de 2011

Não me tirem a mama!


Não há dúvida nenhuma que o 25 de Abril foi muito bom, sobretudo para certas pessoas, muitos que não tinham perspectivas e viviam na mediocridade passaram a ser figuras de destaque, a receber bons salários (ou reformas) e a ter regalias sem limite!
Um desses "chupistas" é Vasco Lourenço, que ganhou uma vida dourada apenas pelo facto de ser um "capitão de Abril". No entanto, com a austeridade essa "mama" está quase a terminar e o senhor "capitão de Abril" já começou a reagir, até porque não deve saber fazer mais nada, a não ser fazer colóquios sobre as histórias do dia 25 de Abril, umas verdadeiras, outras talvez não.
Até quando o país vai sustentar este heróis obesos, que vão engordando, mamando nas tetas do estado. Quando se fala nas gorduras do estado, penso que é disto que se fala!
Enquanto estes senhores estiverem a fazer sombra ao estado português, Portugal não vai melhorar!

Roberto Vinagre

sábado, 15 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Geração à rasca volta à rua!


O movimento "Geração à rasca" volta à rua, é já amanha, dia 15 de Outubro de 2011, na Avenida da Liberdade, por volta das 15 horas.
Não podemos ficar de braços cruzados, temos de acabar com os vícios do país, temos de acabar com o feudalismo vigente em Portugal!
Vale a pena lutar!

Roberto Vinagre

Comentários Anónimos Não!

Caros leitores, venho hoje aqui para vos dizer que não vou aceitar mais comentários anónimos no meu blog, visto que sempre escrevi aqui assinando o meu nome por baixo, não considero justo aceitar comentários de pessoas que não têm coragem para dar a cara pelo que defendem!
Como é óbvio tudo aquilo que escrevo aqui pode e deve ser comentado e alvo de análise, é esse o meu objectivo, provocar o debate para melhorar.
Não tenho medo de ameaças e dou a cara pelo que digo!
Se quiserem comentar o que digo, e gosto que o façam, devem colocar o vosso nome por baixo.
Parece-me justo e o mais correcto!
Cumprimentos,

Roberto Vinagre

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Para que não volte a acontecer!

Quando, em 1498, a rainha D. Leonor decidiu fundar as misericórdias tinha como principal objetivo prestar auxílio à população mais necessitada, como os doentes ou os órfãos. 
Isto foi em 1498, porque atualmente a rainha deve estar às voltas no túmulo, uma vez que se perdeu o grande objetivo das misericórdias, se perdeu ou foi desvirtuado pela ganância, pela vaidade ou pela arrogância.
Sempre olhei para as misericórdias atuais com alguma desconfiança, claro que nem todas são más, há muitas que têm bons provedores e são bem geridas, tendo como único objetivo ajudar o próximo necessitado, nomeadamente os idosos e as pessoas com deficiências.
Para todas as que funcionam bem, deixo aqui o meu aplauso e votos que assim possam continuar, mas hoje vou falar das que não funcionam bem, sobretudo da Santa Casa da Misericórdia das Alcáçovas.
Sempre se falou, por fora, de certas irregularidades, contratos e concursos menos claros, sempre se falou de falta de assistência aos idosos, sempre se falou de falta de vontade ou jeito de alguns funcionários, sempre se falou de várias coisas que não funcionavam muito bem, é certo que sempre se falou, mas nunca se fez nada!
Hoje venho aqui partilhar com vocês o que se passou com a minha avó, utente interna da Santa Casa da Misericórdia das Alcáçovas.
No passado dia 12 de Setembro de 2011, a minha avó Luísa Fava, levantou-se doente e foi colocada na sala habitual, como era hábito, no entanto ela não estava no seu estado normal, e na hora de almoço só comeu porque uma colega lhe deu alguma comida na boca. As funcionárias foram alertadas pelas idosas, e levaram a minha avó para outra sala, onde a sentaram, sem qualquer tipo de assistência ou tratamento. A minha avó esteve naquela cadeira, doente, até à hora da visita, cerca das 15 horas, quando a minha mãe a foi visitar e a viu naquele estado. De imediato a minha mãe chamou uma ambulância e levou-a de urgência para o hospital de Évora, com sinais de AVC. Tudo isto é ainda mais grave pelo fato da minha avó ter caído da cama na noite anterior e ter ficado algum tempo no chão sem forças para se levantar, uma vez que a colega de quarto não carregou na campainha, e as funcionárias estavam ausentes, apesar dos gritos da minha avó.
Acrescento ainda que a minha mãe fez questão de chamar a chefe dos funcionários, antes de ir para o hospital, para esta testemunhar o estado em que estava a minha avó.
Depois de estar um dia inteiro sem qualquer tipo de assistência, a minha avó deu entrada no hospital com o seguinte diagnóstico: "sépsis, com urocultura positiva, insuficiência renal aguda, insuficiência respiratória global, anemia macrocítica e uma periartrite do ombro esquerdo". O estado físico quando deu entrada nas urgências era este: "mulher de 85 anos, é trazida ao SU por estar "parada" e com desvio do olhar e da cabeça para a direita. Doente descrita como estando no seu estado de saúde habitual até à véspera do internamento, quando é referida como estando muito parada". 
A minha avó esteve internada no hospital até ao dia 19 de Setembro de 2011, tendo regressado à Santa Casa da Misericórdia, onde esteve até ao dia 30 de Setembro de 2011, dia da sua morte.
Ora bem, a falta de assistência da Santa Casa da Misericórdia das Alcáçovas foi evidente e revolta-me, sobretudo porque não é a primeira vez que acontece, os idosos levantam-se doentes, mas ficam sentados numa cadeira a agonizar até que alguém se lembre deles ou até que morram. São todos assim? Claro que não, há idosos com um tratamento um pouco mais especial, dependendo da sua condição social ou laços familiares.
A Santa Casa da Misericórdia das Alcáçovas transformou-se numa máquina de fazer dinheiro e numa construtora, onde interessa mais mostrar obras, do que mostrar assistência e bem estar dos utentes.
Frequento a santa casa com alguma frequência e posso dizer que o cheiro a urina, a fezes e a morte é constante e perturbador.
Num lar que tem utentes a mais (só no quarto da minha avó estavam 3 pessoas), tem funcionárias a menos, que não cobrem nem metade das necessidades.
Decidi denunciar esta situação porque estou revoltado e porque não quero que isto volte a acontecer com outros idosos e também porque ainda tenho outra avó no mesmo lar.
Não basta colocar animadoras de conveniência para "animar" os idosos, não bastar fazer sessões de fado para animar os "idosos", não bastar colocar placas brilhantes nas paredes, não basta fingir que está tudo bem, não basta enviar ramos de flores de condolências é preciso ir mais longe, é preciso dar um verdadeiro bem estar aos idosos e isso só se consegue com funcionárias preparadas para essa função e uma direcção consciente e atenta.
Claro que não me vou ficar pelo blog, vou enviar uma carta à Segurança Social, com um conteúdo semelhante a este.
Sei que muita gente se tem calado, sei que têm calado muita gente, mas como já não vivemos no Estado Novo, eu não me vou calar!

   
Roberto Vinagre

quarta-feira, 5 de outubro de 2011