quarta-feira, 31 de março de 2010

AAA - Que futuro?

A Associação Amigos das Alcáçovas está a viver um período eleitoral que vai decidir o seu futuro nos próximos 2 anos.
Considero a AAA uma associação fundamental para o desenvolvimento das Alcáçovas, para a preservação da sua memória colectiva e das suas tradições.
Todos estamos de acordo que uma pessoa não é nada sem a sua memória, aquilo que fez é aquilo que a caracteriza, é aquilo que a define, isso também se aplica a um país ou a uma vila como a nossa.
Alcáçovas precisa da sua memória para se definir, não basta dizer que Alcáçovas é uma vila com História, temos de estudar essa História, temos de perceber a sua evolução histórica e social. É triste ver os documentos a apodrecer, é triste ver os monumentos no estado em que estão, é triste ver as tradições, festas e romarias a acabar, ano após ano, vão definhando pouco a pouco, até que um dia não restam mais que leves recordações.
Será que é isso que queremos? Leves recordações?
Estou certo que os alcaçovenses querem muito mais que isso, querem ver a sua linda vila bem cuidada e toda a sua memória preservada e devidamente documentada.
Essa deve ser a grande tarefa da Associação Amigos das Alcáçovas.
Nós, alcaçovenses, temos o dever de cuidar da nossa vila, não podemos ficar à espera que sejam os outros a fazer isso por nós!
Claro que a associação tem recursos limitados e depende de organismos como a câmara ou a junta de freguesia, no entanto não podemos deixar que isso nos sirva como limitação, a ambição é saudável até certo ponto. Uma associação como a AAA não pode ambicionar a realização de projectos que exijam muito dinheiro, nem que ultrapassem os seus objectivos. "A César o que é de César, a Deus o que é de Deus".
É fundamental um maior envolvimento dos sócios na vida interna da associação, não basta pagar as cotas, é dever dos sócios exigir informações sobre a vida financeira da associação, dos seus projectos e tudo aquilo em que está envolvida, e é dever da direcção disponibilizar essas informações.
Não podemos deixar que uma associação, esta ou outra qualquer, se torne um grupo fechado, sujeito às vontades ou interesses de uma ou duas pessoas. Uma associação é de todos e deve estar aberta a todos.
Neste período eleitoral o que eu mais desejo é que os alcaçovenses, de uma forma geral e sobretudo os sócios, percebam a importância desta associação e se unam em torno dos seus objectivos e projectos.
Pertencer a uma associação é uma tarefa muito importante, mas feita em part-time, todas as pessoas dão um pouco do seu tempo e das suas ideias, sempre com um único objectivo: fazer alguma coisa pelo desenvolvimento da sua vila, cidade, aldeia ou país. Quem está numa associação deve estar por amor e não por obrigação ou interesse.
É o passado e o futuro da nossa vila que está em causa, por isso não podemos baixar os braços, não podemos inventar desculpas, não podemos virar as costas! Alcáçovas precisa de nós!
Alcáçovas pode contar comigo, sempre!

Roberto Vinagre

sábado, 27 de março de 2010

Hora de abdicar!

A vida tem várias fases que devemos aceitar com naturalidade e com o sentimento de dever cumprido.
Iniciamos a vida a aprender, somos uma espécie de caixa, completamente vazia, onde vamos colocar todas as aprendizagens que nos vão transmitindo. Depois vamos ter a oportunidade de colocar essas aprendizagens em prática, vamos ter a hipótese de experimentar aquilo que aprendemos, numa sociedade em constante transformação. Podemos errar, mas também podemos corrigir os nossos erros, e nunca devemos fugir às nossas responsabilidades.
Na fase seguinte passamos para o lugar de "mestres", em que formamos uma equipa com os mais novos, com o objectivo de transmitir tudo aquilo que aprendemos, mas deixando que sejam eles a fazer.
Na última fase da vida humana, passamos a observadores, não devemos interferir muito, apenas observar e contribuir sempre que existam dúvidas.
Quando falamos em pessoas mais velhas, falamos de pessoas que já viveram muito, que têm muitas experiências, que têm muito saber.
Na última fase cada uma dessas pessoas deve abdicar de querer participar activamente daquilo que deve ser da responsabilidade dos que estão nas fases anteriores.
Cada pessoa que chega à última fase deve ter a humildade de perceber que deve dar espaço aos mais novos para que estes possam crescer e dar o seu contributo para a sociedade, o contrário será puro egoísmo ou vaidade pessoal.
Em Portugal existe essa dificuldade, as pessoas agarram-se aos cargos, agarram-se aos lugares, e muitas vezes só os largam quando são obrigados, ou pela doença ou pela morte.
Será que tem de ser assim?

(É preciso ser mais claro?)
Roberto Vinagre

segunda-feira, 22 de março de 2010

domingo, 14 de março de 2010

Saudades...

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Apenas saudades...
(Fotos de Horta do Rosário)

Bom fim de semana!



Passei apenas para dizer que em breve estarei de volta!
Bom fim de semana a todos!
E não se esqueçam de sorrir!

Roberto Vinagre